Autor: Dr. Artur Malzyner, oncologista e consultor científico da Clinonco. Colaboração de Natalia Fernandes Garcia de Carvalho, mestre em Ciências

Além de emitir a energia necessária para o desenvolvimento de toda a cadeia alimentar, da qual nós dependemos, o sol é responsável por vários fenômenos biológicos no organismo humano, como a regulação do ritmo biológico, bem como a produção hormonal e de vitamina D.

Como muitos excessos, a exposição demasiada ao sol também pode causar danos à saúde, por exemplo queimaduras solares, febre, desidratação e risco elevado de desenvolvimento de queratoses – as quais podem evoluir para câncer de pele.

Assim como nos meses de outubro e novembro ocorrem movimentos sociais para conscientização dos canceres de mama (Outubro Rosa) e próstata (Novembro Azul), em dezembro acontece o movimento Dezembro Laranja que objetiva estimular a população na prevenção e no diagnóstico do câncer de pele, o tipo de tumor mais comum no País. Este movimento teve início em 2014 pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e em 2018 o tema da campanha foi “Se exponha, mas não se queime”.

A campanha recomenda adoção de medidas básicas como a utilização diária de fotoprotetores com fator mínimo de 30, evitar os horários de maior incidência solar (das 10 às 16 horas), utilizar chapéus, óculos de sol com proteção UV, usar roupas que cubram boa parte do corpo, se manter hidratado e procurar locais com sombra.

Câncer de pele no Brasil

No Brasil, o câncer de pele corresponde a 30% de todos os tumores malignos e a estimativa para 2019 é mais de 165 mil novos casos de câncer da pele não melanoma, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Causas

A doença surge pelo crescimento anormal e descontrolado das células da pele devido à exposição excessiva ao sol, provocando mutações nos genes.

Tipos

O câncer de pele é classificado em três tipos: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e o melanoma.

O tipo carcinoma basocelular tem origem nas células basais, que são a camada mais profunda da epiderme, ocorrendo mais frequentemente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. É o tipo mais frequente e de baixa letalidade, com alta probabilidade de cura quando o diagnóstico é precoce.

O tipo carcinoma espinocelular acomete as células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. É o segundo mais prevalente, sendo mais frequente em homens do que mulheres, e pode ocorrer em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol.

O tipo melanoma é o menos frequente, entretanto, é o que apresenta pior prognóstico e maiores taxas de mortalidade. Tem origem nos melanócitos, que são as células produtoras da melanina, responsável pela pigmentação da pele. Pessoas de pele mais clara e que se queimam com facilidade a exposição solar, apresentam maior risco de desenvolvimento da doença, mas pode ocorrer em pessoas de pele negra, ainda que mais raramente.

Sintomas

As lesões podem se apresentar de formas inespecíficas como manchas brancas a róseas, feridas, verrugas, pintas até lesões que sangram com facilidade. É importante ter o conhecimento do seu tipo pele e ficar atenta a lesões novas que surjam e persistam.

O exame clínico simples, realizado por seu médico de família, dermatologista ou oncologista, pode permitir um diagnóstico suficientemente precoce para um tratamento efetivo.

Além de poder estar associado a mortes, o câncer de pele mais avançado frequentemente se associa ao risco de mutilações cirúrgicas e outros distúrbios funcionais provocados pelo risco do diagnóstico não ser suficientemente precoce.

Acesse o link do Portal Ativo.com: https://www.ativosaude.com/especialistas/sol-faz-bem-ou-mal-veja-cuidados/

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